STEAM em sala de aula
STEAM, que medo dessa palavra! Sempre achei que STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics) era um clube fechado no qual os professores de Língua Portuguesa não entravam... Como sempre, a vida me provou que eu estava errada em minha certeza.
Estamos no penúltimo módulo da pós-graduação em Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora no Instituto Singularidades. Nosso professor foi o Leandro Holanda, um dos profissionais mais conceituados sobre o assunto. Ele é um dos organizadores, ao lado da Lilian Bacich, do livro STEAM em sala de aula, publicado pela editora Penso. Ele já era conhecido do grupo, pois nos ensinou, no primeiro módulo, a usar o Sway da Microsoft. Ainda no remoto devido à pandemia de coronavírus, Leandro ministrou as aulas dos EUA, onde estava estudando.
A teoria do STEAM é bastante interessante e, apesar de o nome ser fruto de determinadas áreas/disciplinas (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes, Matemática), ele possibilita que outras áreas ou componentes curriculares também participem de seus projetos.
Nossa aprendizagem, no módulo do Leandro Holanda, se deu por meio da prática (falarei mais no final sobre como isso ocorreu no ensino remoto). Fomos desafiados a desenvolver uma solução para um problema: os efeitos danosos causados pelas marés de Sizígia, conhecidas também como marés-vivas, que ocorrem durante a lua nova ou cheia.
Primeiramente, fomos convidados a criar uma personagem que tivesse uma representatividade na comunidade que era atingida por esse fenômeno natural (maré de sizígia), elencando seus medos, anseios e atitudes em relação à questão. De todas as etapas do projeto, essa foi a mais interessante para mim. Compartilharei aqui o mapa da empatia preenchido por meu grupo, e um em branco para quem quiser usar com seus alunos. Destaca-se que esse mapa é formidável para trabalhar a empatia - precisamos desenvolver nos nossos alunos, de acordo com a BNCC, as competências socioemocionais também.
Todo o restante do projeto ocorreu dentro do esperado: quebramos muito a cabeça para conseguir encontrar uma solução viável que envolvesse tecnologia, pois essa é uma exigência do STEAM para a construção de seu produto final. Aprendi até noções de Arduino para poder entender o que faríamos no final. foi desafiador e eu aprendi bastante.
Gostaria de comentar aqui o quão desafiador foi fazer a parte prática do trabalho. Como estávamos no remoto, e isso inviabilizava um encontro do grupo, apenas um de nós montou toda a parte prática do produto, uma maquete, e o demonstrou. Essa demonstração foi filmada para que fosse anexada ao trabalho. Achei que esse é um problema difícil de resolver em aulas remotas, pois acaba sobrecarregando um indivíduo do grupo e apenas ele teve a oportunidade de montar o produto que idealizamos em conjunto, ou seja, só um colocou a mão na massa.
Recomendo para aqueles que querem aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, além do livro citado acima (obra obrigatória para quem quer conhecer ou trabalhar com o STEAM), que assistam a dois vídeos com esses dois educadores de excelência que são a Lilian Bacich e o Leandro Holanda.
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