Aula gamificada: o jogo como espaço de aprendizagem

Quem não gosta de jogar? 


    Meu 2º ano de pós-graduação em Metodologias Ativas para uma educação inovadora no Instituto Singularidades. Primeiro módulo do ano de 2021: Aprendizagem baseada em jogos e gamificação, ministrado pelo Tiago Eugênio - Conheça esse professor. Eu estava ansiosa por esse módulo, uma vez que gosto muito de jogar (quem não gosta, né?) e creio que esse recurso seja muito importante para que o aluno, com a atenção cada vez mais prejudicada em um mundo de tantos estímulos, sinta-se mais animado a participar efetivamente das aulas. Já aproveito para recomendar a leitura do livro dele que é fundamental para compreender como nós, educadores, podemos aprender a usar a gamificação a favor da aprendizagem:



    Na adolescência, os jogos de tabuleiro e cartas eram uma forma recorrente de diversão em casa. Também amava o RPG (sou da época do RPG de livro 🙈). Durante minha escolarização, especificamente no Ensino Médio, havia um professor de exatas que gostava de jogar batalha naval conosco: a quantidade de acertos por grupo era equivalente a nossa quantidade de tiros. Com exceção dessa prática, os jogos nunca fizeram parte do meu processo de aprendizagem. Na licenciatura também não vi nada relacionado a isso - hoje reflito o quanto minha licenciatura foi teórica, pois aprendi pouco a realmente ensinar meus alunos. O lúdico nunca foi mencionado em dois anos de licenciatura plena.
    Como sempre gostei de jogos, fiz em 2020 um curso sobre RPG e aprendizagem na PUC de São Paulo. Aprendi muito lá e isso me possibilitou aproveitar melhor esse módulo da pós no Singularidades, já que pude aprofundar meus conhecimentos e me apaixonar ainda mais pela área da gamificação. Vejam aqui meu primeiro RPG - para entender os objetivos pedagógicos, clique em À deriva que fiz com o auxílio do Canva


    Os alunos adoraram a experiência!
    
    No módulo de gamificação, tivemos contatos com inúmeras plataformas que possibilitam a gamificação dos conteúdos. Achei incrível, pela praticidade oferecida, a Escape Factory. Gostei tanto dela que já montei meu primeiro jogo via computador: Revisão do período simples para o EM - análise sintática. Vejam o depoimento de uma aluna que gentilmente testou o jogo:


    Aplicarei para o grupo esta semana. Espero que eles gostem tanto quanto quem testou gostou. Gamificar a aula não é apenas jogar com os alunos ou deixar que eles joguem. Pequenas mudanças já podem trazer a gamificação para a aula. Desde o ano passado uso a Snap Câmera para momentos de descontração com meus alunos. Eis um exemplo desse uso da  Snap câmeraConforme já mencionei, aprendi também alguns conceitos importantes como a diferença entre gamificação estruturada, a gamificação de conteúdo e o serious games. Abaixo a resposta dada por nosso grupo de trabalho em uma das aulas do Tiago Eugênio sobre isso. 


        Há um vídeo bárbaro de quinze minutos do professor Francisco Tupy que explica brilhantemente o serious games produzido pela Casa do Saber:



     Há muitos elementos que podem estar presentes nos jogos: personagem (avatar), regras, ações, missões, enredo, pontos, sistema de recompensa, evolução, devolutiva instantânea etc. Há também uma outra questão que o professor deve pensar sobre jogos em grupo: ele será competitivo ou colaborativo? Aqui apresento mais uma atividade que fizemos em grupo relacionada à aprendizagem de Língua Portuguesa, mais especificamente para a produção de texto:



        Foi um prazer poder me aprofundar em um mundo tão divertido! Obrigada Tiago Eugênio! Para quem quiser mais informações sobre a gamificação, principalmente a digital, recomendo os dois vídeos abaixo feitos pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano:




        Recomendo também, para quem quiser se aprofundar ainda mais, a leitura de duas obras:








    

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