Austin’s Butterfly: Building Excellence in Student Work - ensinando empatia


Última aula do Módulo 1 (Metodologias ativas e inovação na educação: novas literácias digitais). Estamos em quarentena: há alguns dias estamos em casa devido à pandemia gerada pelo coronavírus (Covid 19). Ainda em fase de adaptação, tento me acostumar a uma nova rotina – isso inclui a pós em Metodologias Ativas. As aulas agora são via Meet, síncronas, cada um em sua casa. Não está sendo fácil. Na primeira aula online, senti-me perdida. Cheguei a me perguntar se deveria continuar a pós. Entretanto, fui muito bem acolhida por alguns colegas em uma atividade em grupo – sempre há alguém que entende mais de tecnologia e nos estende a mão para nos ensinar o que não sabemos. A empatia desses colegas foi essencial para que eu tivesse forças para continuar. É sobre isso que falaremos hoje: EMPATIA. 

A empatia é algo natural para muitos – para outros não. Para nosso alívio, ela pode ser ensinada, treinada[1]. A BNCC traz a empatia, junto com a cooperação, como uma competência (9) a ser desenvolvida nas crianças e nos adolescentes. 

“Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. Essa competência aborda o desenvolvimento social da criança e do jovem, propondo posturas e atitudes que devem ter em relação ao outro. Fala da necessidade de compreender, de ser solidário, de dialogar e de colaborar com todos, respeitando a diversidade social, econômica, política e cultural.” 

(RICO, Rosi. Competência 9: empatia e cooperação. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/13/competencia-9-empatia-e-cooperacao. Acesso em 18/05/2020). 

Até aí nada de novo. De certa forma, já fazemos isso no cotidiano escolar. Na minha área, Língua Portuguesa, a empatia entra, por exemplo, na seleção de um texto que respeite os direitos humanos. Todavia, eu nunca havia pensado em como inserir isso de uma forma mais concreta para os alunos. Por exemplo, como uma das etapas de uma sequência didática. Em nossa última aula do módulo 1, antes de ler a analisar os portfólios dos colegas, a professora Lilian Bacich nos pediu para assistir a um vídeo: Austin’s Butterfly: Building Excellence in Student Work (A borboleta de Austin: construindo excelência no trabalho do aluno). Clique aqui para ter acesso ao vídeo

Ao terminar de assistir a esse vídeo, imediatamente tive a ideia de inseri-lo como uma das etapas de uma sequência didática sobre o livro paradidático do primeiro trimestre do 1º ano do EM: Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. Vejam na minha aula: Aula do dia 4 de maio de 2020

Conversei com os alunos, via Meet, sobre a borboleta de Austin e a importância da empatia na atividade pedida naquela semana: analisar a postagem de um colega em nosso Padlet sobre Carolina Maria de Jesus. Em nossa conversa, muitos pontuaram que nunca tinham pensado sobre isso. Todos reconheceram a importância de discutir sobre a empatia. Fiquei muito surpresa com o resultado disso, pois os alunos foram muito empáticos em seus comentários. Não precisei gerenciar conflitos entre eles ou bloquear comentários inadequados. Para quem quiser ver, entre aqui: Quarto de despejo


[1] Veja mais detalhes na fala de Cláudia Feitosa-Santana, na Casa do Saber, pós-doutora em neurociências integradas pela Universidade de Chicago em: https://www.youtube.com/watch?v=8Hx0HXc_-Ik

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